De volta à ativa
O ano de 2015 foi bastante significativo para mim, em função do lançamento de O Aprendiz do Arquimago, mas em 2016 tive de deixar de lado tanto a escrita quanto minhas próprias leituras, para poder me dedicar a atingir outros objetivos. Somente em dezembro de 2016 é que retomei meu envolvimento com o mundo literário, terminando algumas leituras, começando outras e, principalmente, voltando a escrever As Crônicas de Herannon.
Certamente é de se esperar a continuação da história de Aglarion, mas por algumas razões técnicas (quanto à publicação) pretendo adiá-la um pouco; enquanto isso, estou desenvolvendo a história da mãe dele, que foi apresentada no prólogo e no interlúdio de O Aprendiz do Arquimago, e quem leu o livro provavelmente tem algum interesse em conhecer as origens dela, bem como seu envolvimento com Kyehntw'arthal, que veio a se tornar o mestre de seu filho.
São dois romances em desenvolvimento, além de mais um conto e uma possível novela, que apresentarão novas personagens e farão uma pequena expansão do mundo de Herannon.
Por que dividir meu tempo em vários projetos ao invés de me dedicar a um só? Bem, ao menos para mim, a inspiração é inconstante, vem e vai; por isso, quando acabo ficando sem inspiração para desenvolver parte de uma história, acabo desenvolvendo outra. Cada história que estou escrevendo é diferenciada no todo, não apenas no enredo, mas também na estrutura.
O que aprendi como escritor (até agora)
Vários "colegas" não sabem conjugar verbos.
Não sei explicar, só sentir. É uma constatação tão grave quanto lamentável.
"É impossível agradar a todos".
Uma verdade universal, mas que sempre temos a esperançar de "dibrar" (like Ronaldinho). Infelizmente, nem todos gostaram de O Aprendiz do Arquimago, o que é totalmente compreensível; mas, curiosamente, os mesmos leitores que reclamaram de uma coisa ou de outra, enaltecem livros que li e achei especialmente fracos/medíocres.
Outros escritores me comentaram vivenciar o mesmo problema. Fomos assim apresentados ao conceito de "público-alvo", que na teoria não parecia ser tão estúpido e sem critério quanto é na prática.
Mas, pelo menos nos aspectos técnicos, ninguém pode se queixar de mim: consigo desenvolver personagens únicas e cativantes (para o bem ou para o mal), uma narrativa fluída e agradável, diálogos ricos... E felizmente sei conjugar verbos, além de fazer a revisão impecável do livro (a cereja do bolo).
No geral, os comentários têm sido ótimos, animadores, e estou muito satisfeito com o resultado.